Eu não sei se deveria amá-la ou odiá-la. A verdade? É eu nunca me adaptei. E talvez por isso, ela tenha me escolhido. Não sei se foi cedo, ou tarde demais, mas a verdade é que ela esperou. Tornou-me vulnerável com a ajuda daquele anjo das trevas para se aproximar. Quando eu percebi, já era tarde demais. Mas eu não sei dizer... Ela faz parte de mim? Ou eu me tornei ela? Posso senti-la em cada fragmento de minha essência, em cada pensamento que me leva mais perto da perfeição. E sei, que toda vez que eu fraquejar, ela estenderá a mão, ela não vai me deixar cair. Ela pode até sumir por uns tempos, me deixar andar com minhas próprias pernas, mas ela volta, a Ana sempre volta.
Meu Umbral
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
sábado, 19 de março de 2011
Um dia, dois dias, mais um dia, outro dia. Eu chamo hoje de dia C. C de Corte! Aliás, ontem também foi assim, como amanha será. Corto a Comida, afinal, ela não deveria ser Crucial. Talvez eu possa ingerir umas Cenouras ou umas Couves... Mas não, não, até pouca Caloria é muito pra mim. Talvez seja melhor eu acender um Cigarro e enganar a fome. Se eu gosto de Cigarros? Oh, não muito, mas faço qualquer coisa para não Comer, quem sabe, eu até Comece a Cheirar Cocaína? Ops... Exagerei, eu não teria dinheiro para Comprar, de qualquer forma... Estou tonta, Confusa, é a falta de Comida. Quer saber? Isso me faz sorrir, sinal de que estou me esforçando. O que? Não, Claro que ninguém sabe disso, Consigo fingir até bem. Apesar de que as vezes suspeitam, e é quando surgem todas aquelas guloseimas proibidas. Coma alguns querida, toda essa sua banha está muito solitária, precisa de mais companhia.

Corre, Corre, Corre, Coloque a escova na garganta, joga tudo para fora. Tenta uma, duas, três, vezes... Nada, nada. Um Copo de água, sete Colheres de sal... Bebe, bebe, bebe. Um gole, dois.... Não sou Capaz de ingerir mais. Caraca, estou enjoada. Tira essa sujeira de si, vadia, tira. Nada, nada, não surti efeito. Senta, Chora. Então a doutora sorri. Parabéns! Seu IMC é 21,5, está no peso ideal! Então porque o numero na balança parece tão exorbitante? IMC mentiroso! Esse valor é ideal para uma orca assassina, não para uma garota que quer ser desejada. O reflexo no espelho não mente; gorda, gorda, gorda! Parece que todo o mundo na rua sussurra a mesma melodia macabra; rindo do meu inferno pessoal. Corte, Corte, Corte, nem os Cigarros foram Capazes de me manter Calma dessa vez. As laminas, é, elas também são minhas amigas... Paz. Não, não, eu não estou morta, não se assuste, sou Covarde demais pra me matar, e mesmo se morresse, eu ainda seria eu. Como fugir de mim mesma? Tum, Tum, Tum. Palpitação, é parece que eu e a Ana Causamos uma arritmia. Palpita, palpita, palpita, é, melhor tomar um Calmante, na falta de Cerveja. O almoço, Claro, joguei para o Cachorro, deveria sentir Culpa, minha mãe fez com Carinho. Mas não dá, não dá.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Eu não quero mais, ser escrava de toda essa pretensão, todo esse ódio, está me destruindo. Eu não tenho mais coração, está tudo destruído, estou aos cacos, e não há mais o que se fazer, eu não tenho pra onde correr. Tudo o que penso é em fugir, está me matando, vocês estão me matando. E toda essa liberdade que beira o descaso, e todo esse orgulho embutido em uma falsa humildade... Está tudo desmoronando, e não há mais como nos salvar, está tudo quebrado, está tudo errado... Não há mais pelo o que se esperar... E não há mais como reconstruir, onde está o amor? Porque toda essa aversão? Se por uma noite, se hoje à noite, tudo fosse como deveria ser, como iriam reagir? Vocês poderiam sorrir? Está tudo estragado, tudo espedaçado e, não há o que fazer. Nós perdemos tudo, nos perdemos.
domingo, 31 de outubro de 2010
A musica triste toca, espalhando-se pelo ambiente vazio, enchendo meus olhos de lagrimas. Eu sou pele e ossos, mas não estou pele e ossos. E isso não deveria me fazer chorar.
Uma fogueira crepita a minha frente, do outro lado um garoto toca um violão, e enuncia as palavras musicalmente, com sua voz rouca, e me faz bem, tão bem... O céu estrelado, a lua... Como sol e lua, eternamente apaixonados... Sem nunca nos tocarmos.
E se a lua não existisse... Se o sol não mais aparecesse. Se do amor todos desistissem. Ainda haveria vida?
Pra mim nunca houve vida.
Eu gostaria de voltar pra casa.
Eu não sei onde está minha casa.
Acho que nunca tive uma casa.
Garrafas e frascos estão espalhados pelo chão, mais um cigarro aceso, um sorriso sem alegria... Ele se foi. E não há mais nada pelo que eu possa esperar. A felicidade me foi dada, e não há mais o que se falar... Não há o que se dizer quando não há mais nada que você ame.
É chegado meu fim, dessa vida deveria partir, cadê você morte? Porque não me toca com seus lábios fatais, cerrando em mim o beijo mortal? Não quero estar aqui, não mais.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
A ordem dos fatores não altera o resultado final da soma... De fato, isso é verdade, não faz diferença o que aconteceu primeiro, no fim você tem uma catástrofe sem precedentes, parece que uma coisa ruim puxa a outra... Quanto tudo tem que dar errado, tudo da errado. Quando se está na pior condição que pode estar, o que fazer? Você não consegue erguer a cabeça e seguir em frente.
Quando a vida leva de você, tudo aquilo que te fazia ter vontade de lutar, não há nada a ser feito, porque a fuga da perseverança leva você a sentar na calçada da vida e esperar a morte chegar. O abismo da desesperança compactua com a sua realidade, porque no fim, só resta o vazio.
Às vezes, enquanto caminho pelas ruas observo as pessoas, mas não estou realmente pensando nelas quando as fito, de fato enquanto as observo me pergunto; Será que se alguma delas fitasse dentro de meus olhos veria quem eu realmente sou? Será que por detrás do meu olhar de desprezo veriam a garotinha assustada, que teme crescer? Veriam a careta de dor por detrás do meu sorriso debochado? Será que sentiriam a agonia por detrás do meu riso? E ao mesmo tempo em que essa idéia me aflige, ela me agrada; porque se alguém visse o que realmente se passa dentro de mim, talvez essa pessoa pudesse me ajudar, talvez pudesse me salvar.
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